quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Segunda tem Rua da Cultura!

O dia 31 de janeiro, é a última segunda do mês, e está com uma programação recheada de ritmos para que fevereiro chegue num excelente astral. O cantor Kau, baiano radicado em Sergipe, começa as 18 horas, cantando pérolas da nossa Mpb, acompanhado do seu violão. Logo em seguida, a percussão da banda afro Odoiyá, invade o palco, com interpretações históricas e contemporâneas, diretamente do bairro Santos Dumont. Depois, vem o som experimental da banda Água Meteoro, depois o encorpado rock' n roll de Os Leprechauns. "Synchronize", é o nome da perfomance que Adam Vinícius e Elde Santos apresentarão. Eles são alunos da oficina de Circo do Projeto Acesso, realizado na Casa Rua da Cultura. "O público presente terá o privilégio de ver uma linda performance de tecido acrobático", diz, orgulhosa, a professora Júlia Caianara, que também é atriz e faz parte da produção da Rua da Cultura.

Pra quem acha que termina por aqui, ainda tem o Cine ABD na RUA, exibindo os curtas "Vinte e Poucos", dirigido por Márcio Souza e Daiana Regina; "Salve Chico", dirigido por George Carvalho e Marcelo Prudente. Simultaneamente vai estar rolando a passarela do Xadrez, War e Magic.

A edição 442 da RDC termina com chave de ouro, ao som do Dj Progmaul.

Maiores informações:
3042-3878

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

“1ª Noite Fora do Eixo/2011, na Rua da Cultura"

O Circuito Fora do Eixo já é referência nacional no que diz respeito à circulação de artistas independentes no cenário musical, Teatral, Circense, sempre revelando ao público interessado bandas e artistas dos mais variados estilos musicais. O Fora do Eixo chega em Sergipe através do Virote Coletivo e tem como vitrine a Rua da Cultura, que acontece sempre no Mercado Municipal-Centro Histórico de Aracaju.

No dia 24 de janeiro a Rua da Cultura será o palco da “1ª Noite Fora do Eixo/2011”. Se apresentarão as bandas: The End (Heavy Metal), de Poço Redondo/SE; Trimorfia (Grunge-Experimental), Aracaju/SE; Clube de Patifes (Rock), Feira de Santana/BA; Pastel de Miolos (Punk-HardCore) Lauro de Freitas/BA. O Cine ABD na RUA, já é característico na Rua da Cultura, exibindo curtas produzidos em Sergipe e outros estados do Brasil. A RDC, como é carinhosamente chamada pelos freqüentadores, começa as 18h, simultaneamente vai tá rolando a tradicional passarela do Xadrez, War e Magic, para os amantes de um bom jogo.





A Rua da Cultura é realizada pela Cia de Teatro Stultifera Navis, e tem sua sede na Casa Rua da Cultura, Praça Camerino, nº 210, Tel: (79) 3042-3878.

Saiba sobre tudo o que acontece na Rua da Cultura:

ruadacultura@gmail.com

ruadacultura.blogspot.com

twitter.com/ruadacultura

Revista Eletrônica #30

Rua da Cultura - 17 de janeiro de 2011
"Ajuntatudo na Rua" (Coletivo de artistas da região Centro-sul de Sergipe)

Sandy Alexandre
Estúdio Box e Azulejo
Mundo Básico
SDPunk
Afonso e os Anfetamináticos

Espetáculo "A Flor e o Tempo"
Cia de Teatro Tecendo o Amanhã

Cine ABD na Rua
Especial Vídeos do projeto Mídia Jovem
"A História do Santa Maria"
Dir. Maria Lúcia e Maria letícia
"Brejo Grande: 3 Olhares"
Dir Josimar Coelho

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Revista Eletrônica #29

Rua da Cultura - 10 de janeiro de 2011

Bandas:
Simples e Bacana
Mulungada
Kingdom

Espetáculo "O Homem-banda" com a Cia. de Teatro Um Pé de Dois

Cine ABD na Rua:
"Socorro, uma guerreira" Dir. Flávia Bispo e Maria Barbosa
"Teleilusão" Dir. Irenilson Santos e Leila Ferreira
"Vida de Estudante" Dir. Rafael Santos



A Casa Rua da Cultura localiza-se na Praça Camerino, n° 210 - Centro.
Essa é uma realização da Cia. de Teatro Stultífera Navis.

Informações:(79)3042-3878
ruadacultura@gmail.com
Twitter!
Orkut!

Revista Eletrônica #28

Rua da Cultura - 03 de janeiro de 2011

Jeito Faceiro
Persona Est
Essência Reggae Roots

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ele precisa de mais UP!

Olá pessoal...
Percebemos que a Logo do nosso Projeto acesso está um pouco abatido, sem expressão nenhuma que se diga: "nossa, como é fofinho", ou "como ele é feio"... ou "como ele é estilosinho!"... enfim, há uma série de coisas que podemos pensar, uma infinidade aliás para alegrarmos a logo Do projeto Acesso.

Para os curiosos, a Logo do Projeto Acesso é esse abaixo:



Copie esta imagem, faça a sua arte e depois mande para ruadacultura@gmail.com

Coloque Seu NOME, TELEFONE e diga o que significa a sua obra de arte!

OBS:vai até o dia 15 de janeiro, então, tem muito o que pensar até lá!

A Logo Mais criativa vai ser colocada durante o acesso férias como a nossa logo de verdade! E claro, Inscrição gratuita para as oficinas de circo e teatro!

Esperamos a sua criatividade!

Projeto Acesso: Teatro e Circo FÉÉÉÉÉÉRIASSSSSS!!!

Não obstante que muitas pessoas pensam que na cidade ou estado em que elas vivem não possui teatro ou algo parecido artisticamente, acabam procurando (lógico) algo para fazer e acabam até mesmo no ócio durante as férias. Não percebe que, a arte às vezes, está mais perto quanto parece. Quanto mais entramos no mundo, ou melhor, de qualquer mundo, de qualquer tribo, de cada ideologia, vivenciaremos os momentos que elas proporcionam a cada minuto, a cada instante das nossas vidas. O projeto Acesso, com as oficinas de teatro e circo, vem com uma abordagem interessante: a arte faz parte das nossas vidas. Não como um "elemento-complemento", mas como uma grande necessidade para sermos um completo cidadão.





Turmas teatro para Crianças( a partir de 7 até os 13 anos):
Segunda e Quarta: das 14h às 16h.

Turmas de Teatro à Tarde ( a partir dos 14 anos)
Terça e quinta ou quarta e sexta-feira: das 13h às 15h

Turmas de Teatro à Noite ( a partir dos 14 anos)
Terça e quinta ou quarta e sexta-feira: das 18h às 20h

Turmas de Circo
Terça e quinta ou quarta e sexta, das 15h às 17h

Telefone da Casa Rua da Cultura: 3042-3878


ESPERAMOS VOCÊ AQUI CONOSCO!
SEJA BEM VINDO!

Revista Eletrônica #27




Rua da Cultura - 27 de dezembro de 2010

Cine ABD na Rua
Maracatu do brejão dos Grandes
(Dir. Aubesson Bispo)
Pelas Águas do São Francisco
(Dir. Geiverson Antônio)
Socorro, uma Guerreira
(Dir. Flávia Bispo e Maria Barbosa)

Bandas:
Raffael Oliveira
Jimmy Loo
Guerreiros Revolucionários
Raffael Oliveira



E além disso uma bela lua, um rio que dá para contar histórias e jogos de xadrez para cobrir a mente de uma noite nostálgica...


Acessem nosso twitter: @ruadacultura

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Revista Eletrônica #26



Rua da Cultura - 20 de dezembro

Especial Natal Contra Fome

Cine ABD na Rua

Coqueiral - Uma História de Resistência
(Dir. Lucielma Tavares e Irenilson Santos)
Filarmônica Santa Cecília
(Dir. Pierre Levi)

Bandas:
Hibérnia
Alapada
UmaRuma

Dança do Ventre com as alunas da Escola de Artes Valdice Teles
Dança de Rua com a A.A.P.U.P.A.(Associação de Anjos da Periferia Unidos pela Arte)

A Casa Rua da Cultura localiza-se na Praça Camerino, n° 210 - Centro.
Essa é uma realização da Cia. de Teatro Stultífera Navis.

Informações:
(79)3042-3878
ruadacultura@gmail.com
Twitter!
Orkut!

Att.
Júlia Caianara

Posse da nova ministra

Discurso de posse proferido pela nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda




Excelentíssimos Srs. ministros e ministras, senadores e deputados, demais autoridades presentes, caríssimos servidores do Ministério da Cultura do Brasil,

Minhas amigas, meus amigos, boa tarde.

Antes de mais nada, quero dizer que é com alegria que me encontro aqui hoje. Uma espécie de alegria que eu talvez possa definir como uma alegria densa. Porque este é, para mim, um momento de emoção, felicidade e compromisso.

Sinto-me realmente honrada por ter sido escolhida, pela presidenta Dilma Rousseff, para ser a nova ministra da Cultura do meu país.

Um momento novo está amanhecendo na história do Brasil – quando, pela primeira vez, uma mulher assume a Presidência da República. Por essa razão, me sinto também privilegiada pela escolha. Também é a primeira vez que uma mulher vai assumir o Ministério da Cultura. E aqui estou para firmar um compromisso cultural com a minha gente brasileira.

Durante a campanha presidencial vitoriosa, a candidata Dilma lembrou muitas vezes que sua missão era continuar a grande obra do presidente Lula. Mas nunca deixou de dizer, com todas as letras, que “continuar não é repetir”.

Continuar é avançar no processo construtivo. E quando queremos levar um processo adiante, a gente se vê na fascinante obrigação de dar passos novos e inovadores. Este será um dos nortes da nossa atuação no Ministério da Cultura: continuar – e avançar.

A política cultural, no governo do presidente Lula, abriu-se em muitas direções. O que recebemos aqui, hoje, é um legado positivo de avanços democráticos. É a herança de um governo que se compenetrou de sua missão de fomentador, incentivador, financiador e indutor do processo de desenvolvimento cultural do país.

Sua principal característica talvez tenha sido mesmo a de perceber que já era tempo de abrir os olhos, de alargar o horizonte, para incorporar segmentos sociais até então desconsiderados. E abrigar um conjunto maior e mais variado de fazeres artísticos e culturais. Em consequência disso, muitas coisas, que andavam apagadas, ganharam relevo: grupos artísticos, associações culturais, organizações sociais que se movem no campo da cultura. E se projetou, nas grandes e médias cidades brasileiras, o protagonismo colorido das periferias.

É claro que vamos dar continuidade a iniciativas como os Pontos de Cultura, programas e projetos do Mais Cultura, intervenções culturais e urbanísticas já aprovadas ou em andamento – como as ações urbanas previstas no PAC 2, com suas praças, jardins, equipamentos de lazer e bibliotecas. E as obras do PAC das Cidades Históricas, destinadas a iluminar memórias brasileiras. Enfim, minha gestão jamais será sinônimo de abandono do que foi ou está sendo feito. Não quero a casa arrumada pela metade. Coisas se desfazendo pelo caminho. Pinturas deixadas no cavalete por falta de tinta.

Quero adiantar, também, que o Ministério da Cultura vai estar organicamente conectado – em todas as suas instâncias e em todos os seus instantes – ao programa geral do governo da presidenta Dilma. Às grandes metas nacionais de erradicar a miséria, garantir e expandir a ascensão social, melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras, promover a imagem, a presença e a atuação do Brasil no mundo. A chama da cultura e da criatividade cultural brasileira deverá estar acesa no coração mesmo de cada uma dessas grandes metas.

Erradicar a miséria, assim como ampliar a ascensão social, é melhorar a vida material de um grande número de brasileiros e brasileiras. Mas não pode se resumir a isso. Para a realização plena de cada uma dessas pessoas, tem de significar, também, acesso à informação, ao conhecimento, às artes. É preciso, por isso mesmo, ampliar a capacidade de consumo cultural dessa multidão de brasileiros que está ascendendo socialmente.

Até aqui, essas pessoas têm consumido mais eletrodomésticos – e menos cultura. É perfeitamente compreensível. Mas a balança não pode permanecer assim tão desequilibrada. Cabe a nós alargar o acesso da população aos bens simbólicos. Porque é necessário democratizar tanto a possibilidade de produzir quanto a de consumir.

E aproveito a ocasião para pedir uma primeira grande ajuda ao Congresso, aos senadores e deputados agora eleitos ou reeleitos pela população brasileira: por favor, vamos aprovar, este ano, nesses próximos meses, o nosso Vale Cultura, para que a gente possa incrementar, o mais rapidamente possível, a inclusão da cultura na cesta do trabalhador e da trabalhadora. Cesta que não deve ser apenas “básica” – mas básica e essencial para a vida de todos. Em suma, o que nós queremos e precisamos fazer é o casamento da ascensão social e da ascensão cultural. Para acabar com a fome de cultura que ainda reina em nosso país.

A mesma e forte chama da cultura e da criatividade do nosso povo deve cintilar, ainda, no solo da reforma urbana e no horizonte da afirmação soberana do Brasil no mundo. Arquitetura é cultura. Urbanismo é cultura. Na visão tradicional, arquitetura e urbanismo só são “cultura” quando a gente olha para trás, na hora de tombamentos e restaurações. Isso é importante, mas não é tudo. Arquitetura e urbanismo são cultura, também, no momento presente de cada cidade e na criação de seus desenhos e possibilidades futuras. Hoje, diante da crise geral das cidades brasileiras, isso vale mais do que nunca.

O que não significa que vamos passar ao largo da vida rural, como se ela não existisse. O campo precisa de um “luz para todos” cultural.

De outra parte, o Ministério da Cultura tem de realmente começar a pensar o Brasil como um dos centros mais vistosos da nova cultura mundial.

Quero ainda assumir outro compromisso, que me alegra ver como uma homenagem ao nosso querido Darcy Ribeiro. Estaremos firmes, ao lado do Ministério da Educação, na missão inadiável de qualificar o ensino em nosso país. Se o Ministério da Educação quer mais cultura nas escolas, o Ministério da Cultura quer estar mais presente, mediando o encontro essencial entre a comunidade escolar e a cultura brasileira. Um encontro que há muito o Brasil espera – e onde todos só temos a ganhar.

Pelo que desde já se pode ver, o Ministério da Cultura, na gestão de Dilma Rousseff, não será uma senhora excêntrica, nem um estranho no ninho. Vai fazer parte do dia-a-dia das ações e discussões. Vai estreitar seus laços de parentesco no espaço interno do governo. Mas, para que tudo isso se realize, na sua plenitude, não podemos nos esquecer do que é mais importante.

Tudo bem que muita gente se contente em ficar apenas deslizando o olhar pela folhagem do bosque. Mas a folhagem e as florações não brotam do nada. Na base de todo o bosque, de todo o campo da cultura, está a criatividade. Está a figura humana e real da pessoa que cria. Se anunciamos tantos projetos e tantas ações para o conjunto da cultura, se aceitamos o princípio de que a cultura é um direito de todos, se realçamos o lugar da cultura na construção da cidadania e no combate à violência, não podemos deixar no desamparo, distante de nossas preocupações, justamente aquele que é responsável pela existência da arte e da cultura.

Visões gerais da questão cultural brasileira, discutindo estruturas e sistemas, muitas vezes obscurecem – e parecem até anular – a figura do criador e o processo criativo. Se há um pecado que não vou cometer, é este. Pelo contrário: o Ministério vai ceder a todas as tentações da criatividade cultural brasileira. A criação vai estar no centro de todas as nossas atenções. A imensa criatividade, a imensa diversidade cultural do povo mestiço do Brasil, país de todas as misturas e de todos os sincretismos. Criatividade e diversidade que, ao mesmo tempo, se entrelaçam e se resolvem num conjunto único de cultura. Este é o verdadeiro milagre brasileiro, que vai do Círio de Nazaré às colunatas do Palácio da Alvorada, passando por muitas cores e tambores.

Sim. A riqueza da cultura brasileira é um fato que se impõe mesmo ao mais distraído de todos os observadores. Já vai se tornando até uma espécie de lugar comum reconhecer que a nossa diversidade artística e cultural é tão grande, encantadora e fascinante quanto a nossa biodiversidade. E é a cultura que diz quem somos nós. É na criação artística e cultural que a alma brasileira se produz e se reconhece. Que a alma brasileira brilha para nós mesmos – e rebrilha para o mundo inteiro.

E aqui me permitam a nota pessoal. Mas é que não posso trair a mim mesma. Não posso negar o que vi e o que vivi. Arte e cultura fazem parte – ou melhor, são a minha vida desde que me entendo por gente. Vivência e convivência íntimas e já duradouras. Nasci e cresci respirando esse ar. Com todos os seus fluidos, os seus sopros vitais, as suas revelações, os seus aromas, as suas iluminuras e iluminações… E nesse momento eu não poderia deixar de agradecer ao meu pai e à minha mãe, que me abriram a mente para assimilar o sentido de todas as linguagens artísticas e culturais. É por isso mesmo que devo e vou colocar, no centro de tudo, a criação e a criatividade. O grande, vivo e colorido tear onde milhões de brasileiros tecem diariamente a nossa cultura.

A criatividade brasileira chega a ser espantosa, desconcertante, e se expressa em todos os cantos e campos do fazer artístico e cultural: no artesanato, na dança, no cinema, na música, na produção digital, na arquitetura, no design, na televisão, na literatura, na moda, no teatro, na festa.

Pujança – é a palavra. E é esta criatividade que gira a roda, que move moinhos, que revela a cara de tudo e de todos, que afirma o país, que gera emprego e renda, que alegra os deuses e os mortais. Isso tem de ser encarado com o maior carinho do mundo. Mas não somente com carinho. Tem de ser tratado com carinho e objetividade. E é justamente por isso que, ao assumir o Ministério da Cultura, assumo também a missão de celebrar e fomentar os processos criativos brasileiros. Porque, acima de tudo, é tempo de olhar para quem está criando.

A partir deste momento em que assumo o Ministério da Cultura, cada artista, cada criadora ou criador brasileiro, pode ter a certeza de uma coisa: o meu coração está batendo por eles. E o meu coração vai saber se traduzir em programas, projetos e ações.

Sei que, neste momento, a arte e a cultura brasileiras já nos brindam com coisas demais à luz do dia, à luz da noite, em recintos fechados e ao ar livre. E vamos estimular e fortalecer todas elas. Objetivamente, na medida do possível. E subjetivamente, na desmedida do impossível. Mas sei, também, que coisas demais ainda estão por vir, das extensões amazônicas à amplidão dos pampas, passeando pelos assentamentos da agricultura familiar, por fábricas e usinas hidrelétricas, por escolas e canaviais, por vilas e favelas, praias e rios – entre o computador, o palco e a argila. Porque, no terreno da cultura, para lembrar vagamente, e ao inverso, um verso de Drummond, todo barro é esperança de escultura.

É preciso descentralizar, sim. Mas descentralizar sem deserdar. É preciso dar formação e ferramentas aos novos. Mas garantindo a sustentação objetiva dos seus fazeres. Porque, como disse, muita coisa ainda se move em zonas escuras ou submersas, sem ter meios de aflorar à superfície mais viva de nossas vidas. É preciso explorar essas jazidas. Explorar a imensa riqueza desse “pré-sal” do simbólico que ainda não rebrilhou à flor das águas imensas da cultura brasileira.

Por tudo isso é que devo dizer que a atuação do Ministério da Cultura vai estar sempre profundamente ligada às raízes do Brasil. Pois só assim vamos nos entender a nós mesmos. E saber encontrar os caminhos mais claros do nosso futuro.

Minhas amigas e meus amigos, antes de encerrar, quero me dirigir às trabalhadoras e aos trabalhadores deste Ministério. De uma forma breve, mais breve do que gostaria, mas a gente vai ter muito mais tempo para conversar. De momento, quero apenas dizer o seguinte: seremos todos, aqui, servidores realmente públicos. Vou precisar, passo a passo, da dedicação de todos vocês. Vamos trabalhar juntos, somar esforços, multiplicar energias, das menores tarefas cotidianas, no dia-a-dia deste Ministério, às metas maiores que desejamos realizar em nosso país.

Em resumo, é isso. O que interessa, agora, é saber fazer. Mas, também, saber escutar. Quero que a minha gestão, no Ministério da Cultura, caiba em poucas palavras: saber pensar, saber fazer, saber escutar. Mas tenho também o meu jeito pessoal de conduzir as coisas. E tudo – todas as nossas reflexões, todos os nossos projetos, todas as nossas intervenções –, tudo será feito buscando, sempre, o melhor caminho. Com suavidade – e firmeza. Com delicadeza – e ousadia.

Mas, volto a dizer, e vou insistir sempre: com a criação no centro de tudo. A criação será o centro do sistema solar de nossas políticas culturais e do nosso fazer cotidiano. Por uma razão muito simples: não existe arte sem artista.

Muito obrigada.